domingo, 29 de agosto de 2010
"Balada para um louco." Piazzola. Sabiamente executada...
Eu estive lá. Não sei se bati palmas ou não. Sei que foi inesquecível e que não foi nada parecido com o que está aqui...
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus
[braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus
[braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'
Arte e Sensibilidade
1) Toda a arte se baseia na sensibilidade, e essencialmente na sensibilidade.
2) A sensibilidade é pessoal e intransmissível.
3) Para se transmitir a outrem o que sentimos, e é isso que na arte buscamos fazer, temos que decompor a sensação, rejeitando nela o que é puramente pessoal, aproveitando nela o que, sem deixar de ser individual, é todavia susceptível de generalidade, portanto, compreensível, não direi já pela inteligência, mas ao menos pela sensibilidade dos outros.
4) Este trabalho intelectual tem dois tempos: a) a intelectualização directa e instintiva da sensibilidade, pela qual ela se converte em transmissível (é isto que vulgarmente se chama "inspiração", quer dizer, o encontrar por instinto as frases e os ritmos que reduzam a sensação à frase intelectual (prim. versão: tirem da sensação o que não pode ser sensível aos outros e ao mesmo tempo, para compensar, reforçam o que lhes pode ser sensível); b) a reflexão crítica sobre essa intelectualização, que sujeita o produto artístico elaborado pela "inspiração" a um processo inteiramente objectivo — construção, ou ordem lógica, ou simplesmente conceito de escola ou corrente.
5) Não há arte intelectual, a não ser, é claro, a arte de raciocinar. Simplesmente, do trabalho de intelectualização, em cuja operação consiste a obra de arte como coisa, não só pensada, mas feita, resultam dois tipos de artista: a) o inspirado ou espontâneo, em quem o reflexo crítico é fraco ou nulo, o que não quer dizer nada quanto ao valor da obra; b) o reflexivo e crítico, que elabora, por necessidade orgânica, o já elaborado.
Dir-lhe-ei, e estou certo que concordará comigo, que nada há mais raro neste mundo que um artista espontâneo — isto é, um homem que intelectualiza a sua sensibilidade só o bastante para ela ser aceitável pela sensibilidade alheia; que não critica o que faz, que não submete o que faz a um conceito exterior de escola ou de moda, ou de "maneira", não de ser, mas de "dever ser".
Fernando Pessoa, in 'Carta a Miguel Torga, 1930'
2) A sensibilidade é pessoal e intransmissível.
3) Para se transmitir a outrem o que sentimos, e é isso que na arte buscamos fazer, temos que decompor a sensação, rejeitando nela o que é puramente pessoal, aproveitando nela o que, sem deixar de ser individual, é todavia susceptível de generalidade, portanto, compreensível, não direi já pela inteligência, mas ao menos pela sensibilidade dos outros.
4) Este trabalho intelectual tem dois tempos: a) a intelectualização directa e instintiva da sensibilidade, pela qual ela se converte em transmissível (é isto que vulgarmente se chama "inspiração", quer dizer, o encontrar por instinto as frases e os ritmos que reduzam a sensação à frase intelectual (prim. versão: tirem da sensação o que não pode ser sensível aos outros e ao mesmo tempo, para compensar, reforçam o que lhes pode ser sensível); b) a reflexão crítica sobre essa intelectualização, que sujeita o produto artístico elaborado pela "inspiração" a um processo inteiramente objectivo — construção, ou ordem lógica, ou simplesmente conceito de escola ou corrente.
5) Não há arte intelectual, a não ser, é claro, a arte de raciocinar. Simplesmente, do trabalho de intelectualização, em cuja operação consiste a obra de arte como coisa, não só pensada, mas feita, resultam dois tipos de artista: a) o inspirado ou espontâneo, em quem o reflexo crítico é fraco ou nulo, o que não quer dizer nada quanto ao valor da obra; b) o reflexivo e crítico, que elabora, por necessidade orgânica, o já elaborado.
Dir-lhe-ei, e estou certo que concordará comigo, que nada há mais raro neste mundo que um artista espontâneo — isto é, um homem que intelectualiza a sua sensibilidade só o bastante para ela ser aceitável pela sensibilidade alheia; que não critica o que faz, que não submete o que faz a um conceito exterior de escola ou de moda, ou de "maneira", não de ser, mas de "dever ser".
Fernando Pessoa, in 'Carta a Miguel Torga, 1930'
sábado, 28 de agosto de 2010
Para todas as idades
Leroy Anderson (1908-1975) foi um compositor de música orquestral. Em 1950, compôs "The Typewriter", uma pequena peça para máquina de escrever. Na verdade, aquele Sr. não está a escrever nada. Está, apenas, a emitir o som da máquina de escrever...
Já vi o guitarrista deste grupo dar-se ao luxo de improvisar uma bela balada... tem muita qualidade mesmo.
Se procurarem "John Petrucci" no Google, vão ficar a saber que é só um dos melhores guitarristas do mundo.
Ela Canta, Pobre Ceifeira
Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.
Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões pra cantar que a vida.
Ah, canta, canta sem razão!
O que em mim sente ‘stá pensando.
Derrama no meu coração a tua incerta voz ondeando!
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso! Ó céu!
Ó campo! Ó canção! A ciência
Pesa tanto e a vida é tão breve!
Entrai por mim dentro!
Tornai Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.
Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões pra cantar que a vida.
Ah, canta, canta sem razão!
O que em mim sente ‘stá pensando.
Derrama no meu coração a tua incerta voz ondeando!
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso! Ó céu!
Ó campo! Ó canção! A ciência
Pesa tanto e a vida é tão breve!
Entrai por mim dentro!
Tornai Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
O Planeta da Inexperiência
Primeiro título pensado para A Insustentável Leveza do Ser: «O Planeta da Inexperiência». A inexperiência como uma qualidade da condição humana. Nascemos uma vez por todas, nunca poderemos recomeçar uma outra vida com as experiências da vida anterior. Saímos da infância sem sabermos o que é a juventude, casamo-nos sem sabermos o que é ser casado, e mesmo quando entramos na velhice, não sabemos para onde vamos: os velhos são crianças inocentes da sua velhice. Neste sentido, a terra do homem é o planeta da inexperiência.
Milan Kundera, in "A Arte do Romance"
Milan Kundera, in "A Arte do Romance"
Porquê Camuflar as Nossas Convicções?
Desde que nos propomos emitir uma verdade de acordo com as nossas convicções damos logo a impressão de fazer retórica. Que espécie de prestidigitação vem a ser essa? Como é que nos nossos dias não poucas verdades, proferidas que sejam, por vezes, mesmo em tom patético, imediatamente ganham aspectos retóricos? Porquê é que na nossa época cada vez há mais necessidade, quando pretendemos dizer a verdade, de recorrer ao humor, à ironia, à sátira? Porquê adoçar a verdade como se se tratasse de uma pílula amarga? Porquê envolver as nossas convicções num misto de altiva indiferença, digamos, de desprezo para com o público? Numa palavra, porquê certo ar de pícara condescendência? Em nossa opinião, o homem de bem não tem de envergonhar-se das suas convicções, ainda mesmo que estas transpareçam sob a forma retórica, sobretudo se está certo delas.
Fiodor Dostoievski, in "Diário de um Escritor"
Fiodor Dostoievski, in "Diário de um Escritor"
Para quem acha que devo escolher melhor as pessoas com quem me relaciono, apresento-lhe aqui alguns dos meus relacionamentos
I Encontro da APSAX (Associação Portuguesa de Saxofonistas), 2008
Para os meninos e meninas do ex 4º ano está muito bem assim :)
Não posso esquecer-me dos alunos da Escola de Música da Associação da Banda Musical do Burgo Arouca. Brevemente, irão começar com as aulas. Espero que eles também tenham acesso a este blogue. Se não tiverem agora, farei com que tenham mais tarde. Beijos e abraços para todos eles. Até breve amigo/as.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Percussão
Por muito estranho e exagerado que vos possa parecer, há bateristas que usam todos estes acessórios durante um concerto. Há casos em que alguns deles colocam espelhos (tipo espelho retrovisor de um automóvel), para puderem visualizar alguns dos instrumentos de percussão... Ah pois!!! Há gente capaz de tudo...
Milagres
Ora, quem acha que um milagre é alguma coisa de especial?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres:
ou ande eu pelas ruas de Manhattan,
ou erga a vista sobre os telhados
na direcção do céu,
ou pise com os pés descalços
bem na franja das águas pela praia,
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo,
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem
/amo,
ou à mesa tome assento para jantar com os outros,
ou olhe os desconhecidos na carruagem
de frente para mim,
ou siga as abelhas atarefadas
junto à colmeia antes do meio-dia de verão
ou animais pastando na campina
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar,
ou a maravilha de um pôr-de-sol
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
ou o estranho contorno delicado e leve
da lua nova na primavera,
essas e outras coisas, uma e todas
— para mim são milagres,
umas ligadas às outras
ainda que cada uma bem distinta
e no seu próprio lugar.
Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
os peixes nadando, as pedras,
o movimento das ondas,
os navios que vão com homens dentro
— existirão milagres mais estranhos?
Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
Por mim, de nada sei que não sejam milagres:
ou ande eu pelas ruas de Manhattan,
ou erga a vista sobre os telhados
na direcção do céu,
ou pise com os pés descalços
bem na franja das águas pela praia,
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo,
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem
/amo,
ou à mesa tome assento para jantar com os outros,
ou olhe os desconhecidos na carruagem
de frente para mim,
ou siga as abelhas atarefadas
junto à colmeia antes do meio-dia de verão
ou animais pastando na campina
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar,
ou a maravilha de um pôr-de-sol
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
ou o estranho contorno delicado e leve
da lua nova na primavera,
essas e outras coisas, uma e todas
— para mim são milagres,
umas ligadas às outras
ainda que cada uma bem distinta
e no seu próprio lugar.
Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
os peixes nadando, as pedras,
o movimento das ondas,
os navios que vão com homens dentro
— existirão milagres mais estranhos?
Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
Em Louvor das Crianças
Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
"Eu não sei quem te perdeu" (vídeo2)
Jovens amigos e amigas. Quando estiver convosco, quero saber qual dos dois é o vosso preferido. Não aceito como resposta: Os dois.
Sei que preferem outro tipo de música, mas foi o que se pôde arranjar. Para a próxima, talvez vos faça a vontade ;)
Beijos e abraços
Para os meus amigos e amigas mais jovens (vídeo1) "Let it Be"
Este vídeo é dedicado aos amigos e amigas do 4º ano da Escola da Azenha Porto (Amial), ano lectivo 2009/2010. Nunca tiveram a oportunidade de me ouvir tocar devido a vários factores. Eu, os meninos e as meninas sabemos porquê. Agora podem ouvir-me aqui (2 vídeos). Mais tarde farei um concerto ao vivo e darei autógrafos hehehehehe
Abraços e beijos para todos (passem palavra). Não se esqueçam de ir passando por aqui porque vão aparecendo mais surpresas.
Abraços e beijos para todos (passem palavra). Não se esqueçam de ir passando por aqui porque vão aparecendo mais surpresas.
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antonio da costa oliveira
Tolerância zero
Se das outras vezes permiti que interferissem, de alguma forma, na minha vida e na de alguns amigos e amigas, desta vez isso não irá acontecer. Não admitirei faltas de respeito e ofensas gratuitas. Isto não é uma rede social. A esta página só é bem vindo quem vier por bem. Sei que já ofenderam uma amiga minha. Também já sei quem foi. A partir da publicação deste texto a pessoa ofendida não o voltará a ser novamente ou tomarei as devidas medidas para que não volte mesmo a acontecer.
Aceitarei, com muito gosto, críticas construtivas, opiniões contrárias etc. No entanto, acabaram-se as perseguições doentias, as histórias inventadas nas cabeças de cada um, relações que nunca existiram, amores inventados, insultos, ofensas, difamações, cuscuvilhice, actos de covardia, desonestidade intelectual, presunção e muito, mas muito mais...
Foi por isso que deixei as redes socias. É por isso que estou aqui. É por isso que luto e quem manda aqui sou eu!
Além disso, este blogue será frequentado por crianças. Tenham um mínimo de decência e não acabem com isto à nascença.
Cumprimentos a todos.
António da Costa Oliveira 27-08-2010
Aceitarei, com muito gosto, críticas construtivas, opiniões contrárias etc. No entanto, acabaram-se as perseguições doentias, as histórias inventadas nas cabeças de cada um, relações que nunca existiram, amores inventados, insultos, ofensas, difamações, cuscuvilhice, actos de covardia, desonestidade intelectual, presunção e muito, mas muito mais...
Foi por isso que deixei as redes socias. É por isso que estou aqui. É por isso que luto e quem manda aqui sou eu!
Além disso, este blogue será frequentado por crianças. Tenham um mínimo de decência e não acabem com isto à nascença.
Cumprimentos a todos.
António da Costa Oliveira 27-08-2010
3, 2, 1
Pois é! Mal eu sabia que iria necessitar deste sossego. Aqui posso escrever o que bem me apetecer, dentro dos limites da razoabilidade. Mas será da minha razoabilidade e não da dos outros.
Também será um bom pretexto para começar a escrever. Sei que ainda não li o suficiente para o fazer. Talvez aos 50 ou 60 anos estivesse preparado para começar, mas pelo que tenho visto por aí posso escrever à vontade porque ninguém se vai incomodar.
Tudo isto vem a propósito das redes sociais. Como é evidente, acompanhei cada uma delas desde o seu início. Começou com o "mirc" e está agora na era do "facebook". Acho muita piada a tudo isto, quando, de facto, isto não tem piada nenhuma. O homem está cada vez mais parvinho e ninguém se apercebe, e ninguém diz nada e ninguém faz nada. Fiz várias experiências com pessoas que, supostamente, estariam a agir desinteressadamente. O seu único propósito seria o de partilhar experiências e conceitos e adquirir novos conhecimentos, dentro de um espírito de boa educação, delicadeza e, se possível, uma amizade virtual. Todos se prontificavam a fazer isso no primeiro contacto, mas à primeira oportunidade, lá escapava um acto inocente de sedução... o deixar cair o lenço com intenso odor a perfume. E foi assim vezes sem conta. E não souberam ler um não. E não percebem, ainda hoje, porquê. É fantástico, não é?
Acredito que ainda há boas pessoas. Tive oportunidade de conhecer algumas. Essas irão ler este texto. Olá como estão? Eu estou bem. Obrigado. Tudo de bom. É por essas pessoas que estou aqui. Continuarei a escolher textos, poesia, música, fotos, pinturas para quem realmente gostava das minhas publicações. Caso decidam criar um blogue da vossa autoria, terei todo o gosto em acompanhar e comentar.
Podem comentar, mesmo à vontade, o que quiserem e enviar sugestões.
Abraços e beijos
António da Costa Oliveira 27-08-2010
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