sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Percussão
Por muito estranho e exagerado que vos possa parecer, há bateristas que usam todos estes acessórios durante um concerto. Há casos em que alguns deles colocam espelhos (tipo espelho retrovisor de um automóvel), para puderem visualizar alguns dos instrumentos de percussão... Ah pois!!! Há gente capaz de tudo...
Milagres
Ora, quem acha que um milagre é alguma coisa de especial?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres:
ou ande eu pelas ruas de Manhattan,
ou erga a vista sobre os telhados
na direcção do céu,
ou pise com os pés descalços
bem na franja das águas pela praia,
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo,
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem
/amo,
ou à mesa tome assento para jantar com os outros,
ou olhe os desconhecidos na carruagem
de frente para mim,
ou siga as abelhas atarefadas
junto à colmeia antes do meio-dia de verão
ou animais pastando na campina
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar,
ou a maravilha de um pôr-de-sol
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
ou o estranho contorno delicado e leve
da lua nova na primavera,
essas e outras coisas, uma e todas
— para mim são milagres,
umas ligadas às outras
ainda que cada uma bem distinta
e no seu próprio lugar.
Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
os peixes nadando, as pedras,
o movimento das ondas,
os navios que vão com homens dentro
— existirão milagres mais estranhos?
Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
Por mim, de nada sei que não sejam milagres:
ou ande eu pelas ruas de Manhattan,
ou erga a vista sobre os telhados
na direcção do céu,
ou pise com os pés descalços
bem na franja das águas pela praia,
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo,
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem
/amo,
ou à mesa tome assento para jantar com os outros,
ou olhe os desconhecidos na carruagem
de frente para mim,
ou siga as abelhas atarefadas
junto à colmeia antes do meio-dia de verão
ou animais pastando na campina
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar,
ou a maravilha de um pôr-de-sol
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
ou o estranho contorno delicado e leve
da lua nova na primavera,
essas e outras coisas, uma e todas
— para mim são milagres,
umas ligadas às outras
ainda que cada uma bem distinta
e no seu próprio lugar.
Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
os peixes nadando, as pedras,
o movimento das ondas,
os navios que vão com homens dentro
— existirão milagres mais estranhos?
Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
Em Louvor das Crianças
Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus.
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
"Eu não sei quem te perdeu" (vídeo2)
Jovens amigos e amigas. Quando estiver convosco, quero saber qual dos dois é o vosso preferido. Não aceito como resposta: Os dois.
Sei que preferem outro tipo de música, mas foi o que se pôde arranjar. Para a próxima, talvez vos faça a vontade ;)
Beijos e abraços
Para os meus amigos e amigas mais jovens (vídeo1) "Let it Be"
Este vídeo é dedicado aos amigos e amigas do 4º ano da Escola da Azenha Porto (Amial), ano lectivo 2009/2010. Nunca tiveram a oportunidade de me ouvir tocar devido a vários factores. Eu, os meninos e as meninas sabemos porquê. Agora podem ouvir-me aqui (2 vídeos). Mais tarde farei um concerto ao vivo e darei autógrafos hehehehehe
Abraços e beijos para todos (passem palavra). Não se esqueçam de ir passando por aqui porque vão aparecendo mais surpresas.
Abraços e beijos para todos (passem palavra). Não se esqueçam de ir passando por aqui porque vão aparecendo mais surpresas.
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antonio da costa oliveira
Tolerância zero
Se das outras vezes permiti que interferissem, de alguma forma, na minha vida e na de alguns amigos e amigas, desta vez isso não irá acontecer. Não admitirei faltas de respeito e ofensas gratuitas. Isto não é uma rede social. A esta página só é bem vindo quem vier por bem. Sei que já ofenderam uma amiga minha. Também já sei quem foi. A partir da publicação deste texto a pessoa ofendida não o voltará a ser novamente ou tomarei as devidas medidas para que não volte mesmo a acontecer.
Aceitarei, com muito gosto, críticas construtivas, opiniões contrárias etc. No entanto, acabaram-se as perseguições doentias, as histórias inventadas nas cabeças de cada um, relações que nunca existiram, amores inventados, insultos, ofensas, difamações, cuscuvilhice, actos de covardia, desonestidade intelectual, presunção e muito, mas muito mais...
Foi por isso que deixei as redes socias. É por isso que estou aqui. É por isso que luto e quem manda aqui sou eu!
Além disso, este blogue será frequentado por crianças. Tenham um mínimo de decência e não acabem com isto à nascença.
Cumprimentos a todos.
António da Costa Oliveira 27-08-2010
Aceitarei, com muito gosto, críticas construtivas, opiniões contrárias etc. No entanto, acabaram-se as perseguições doentias, as histórias inventadas nas cabeças de cada um, relações que nunca existiram, amores inventados, insultos, ofensas, difamações, cuscuvilhice, actos de covardia, desonestidade intelectual, presunção e muito, mas muito mais...
Foi por isso que deixei as redes socias. É por isso que estou aqui. É por isso que luto e quem manda aqui sou eu!
Além disso, este blogue será frequentado por crianças. Tenham um mínimo de decência e não acabem com isto à nascença.
Cumprimentos a todos.
António da Costa Oliveira 27-08-2010
3, 2, 1
Pois é! Mal eu sabia que iria necessitar deste sossego. Aqui posso escrever o que bem me apetecer, dentro dos limites da razoabilidade. Mas será da minha razoabilidade e não da dos outros.
Também será um bom pretexto para começar a escrever. Sei que ainda não li o suficiente para o fazer. Talvez aos 50 ou 60 anos estivesse preparado para começar, mas pelo que tenho visto por aí posso escrever à vontade porque ninguém se vai incomodar.
Tudo isto vem a propósito das redes sociais. Como é evidente, acompanhei cada uma delas desde o seu início. Começou com o "mirc" e está agora na era do "facebook". Acho muita piada a tudo isto, quando, de facto, isto não tem piada nenhuma. O homem está cada vez mais parvinho e ninguém se apercebe, e ninguém diz nada e ninguém faz nada. Fiz várias experiências com pessoas que, supostamente, estariam a agir desinteressadamente. O seu único propósito seria o de partilhar experiências e conceitos e adquirir novos conhecimentos, dentro de um espírito de boa educação, delicadeza e, se possível, uma amizade virtual. Todos se prontificavam a fazer isso no primeiro contacto, mas à primeira oportunidade, lá escapava um acto inocente de sedução... o deixar cair o lenço com intenso odor a perfume. E foi assim vezes sem conta. E não souberam ler um não. E não percebem, ainda hoje, porquê. É fantástico, não é?
Acredito que ainda há boas pessoas. Tive oportunidade de conhecer algumas. Essas irão ler este texto. Olá como estão? Eu estou bem. Obrigado. Tudo de bom. É por essas pessoas que estou aqui. Continuarei a escolher textos, poesia, música, fotos, pinturas para quem realmente gostava das minhas publicações. Caso decidam criar um blogue da vossa autoria, terei todo o gosto em acompanhar e comentar.
Podem comentar, mesmo à vontade, o que quiserem e enviar sugestões.
Abraços e beijos
António da Costa Oliveira 27-08-2010
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