terça-feira, 7 de setembro de 2010

Il Postino: Theme - Itzhak Perlam

Ronda dos Quatro Caminhos com Orquestra Sinfonietta de Lisboa e Coros do Alentejo-Águia

Ronda dos Quatro Caminhos com Orquestra Sinfonietta de Lisboa e Coros do Alentejo

O compositor iria orgulhar-se de ver esta execução... excelente :)

Paco de Lucia - Tangos

Paco de Lucía. Quando ouço falar dos melhores guitarristas do mundo, nunca me esqueço deste Sir, obviamente ;)

Para todas as idades - parte 1

Para todas as idades- parte 2

Para todas as idades... a não perder ;)

Nao queiras saber de mim - Rui Veloso

Nada a declarar... ;)

Habilidade de Taxista

O motorista de táxi gabava as suas qualidades ao freguês provinciano, que se admirava como o trânsito conseguia fazer-se àquela velocidade, na cidade, com tanto movimento. Pretendendo causar maior admiração ao cliente, diz-lhe:

— Quer ver como ainda apanho aquela velhinha que está quase a chegar ao passeio? Acelera o carro, e quase a atingir a senhora, faz um ligeiro desvio para a esquerda; e quando vai a endireitar a direcção sente uma pancada no carro, ouve um corpo a cair, e pára o carro com uma travagem brusca, sem perceber o que se passava.

— Vocês, cá na cidade, afinal, têm muito pouca pontaria! Se eu não abrisse a porta, aqui do meu lado, você não conseguia apanhar a velhota.

Jardinagem

Andava o senhor abade muito atarefado no quintal, procurando fixar pregos num muro à força de martelo, para segurar uma trepadeira, quando reparou num garotinho que o observava atentamente.

— Então, meu amiguinho, queres aprender a jardineiro?

— Não senhor...

— Então estás admirado de me ver trabalhar assim?

— Ná... Não senhor; era para ouvir o que o senhor abade dizia quando desse com o martelo nos dedos.

A Diferença entre um Penico e uma Panela

— Você sabe a diferença que há entre um penico e uma panela?

— Não — responde o outro, um pouco desconfiado.

— Ah! Então  deve ser um  pagode, em sua casa!

Paganini-Variations "God save the King"

Nigel Kennedy Czardas ;)

Nigel Kennedy: do clássico a... no limits...

Dvorak - Symphony No. 9 "From the New World" - Krajan (Belíssimo!!!!!)

Antonin Dvorak - Songs My Mother Taught Me

Nada a dizer. Os melhores...

Joe Satriani - Flying In A Blue Dream (sem dúvida, um dos melhores do mundo)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Rock Me Baby-BB KIng/Eric Clapton/Buddy Guy/Jim Vaughn

Louvor do Aprender

Aprende o mais simples! Pra aqueles

Cujo tempo chegou

Nunca é tarde de mais!

Aprende o abc, não chega, mas

Aprende-o! E não te enfades!

Começa! Tens de saber tudo!

Tens de tomar a chefia!



Aprende, homem do asilo!

Aprende, homem na prisão!

Aprende, mulher na cozinha!

Aprende, sexagenária!

Tens de tomar a chefia!



Frequenta a escola, homem sem casa!

Arranja saber, homem com frio!

Faminto, pega no livro: é uma arma.

Tens de tomar a chefia.



Não te acanhes de perguntar, companheiro!

Não deixes que te metam patranhas na cabeça:

Vê c'os teus próprios olhos!

O que tu mesmo não sabes

Não o sabes.

Verifica a conta:

És tu que a pagas.

Põe o dedo em cada parcela,

Pergunta: Como aparece isto aqui?

Tens de tomar a chefia.



Bertold Brecht,

O Perigo da Leitura Excessiva

Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: repetimos apenas o seu processo mental. Ocorre algo semelhante quando o estudante que está a aprender a escrever refaz com a pena as linhas traçadas a lápis pelo professor. Sendo assim, na leitura, o trabalho de pensar é-nos subtraído em grande parte. Isso explica o sensível alívio que experimentamos quando deixamos de nos ocupar com os nossos pensamentos para passar à leitura. Porém, enquanto lemos, a nossa cabeça, na realidade, não passa de uma arena dos pensamentos alheios. E quando estes se vão, o que resta? Essa é a razão pela qual quem lê muito e durante quase o dia inteiro, mas repousa nos intervalos, passando o tempo sem pensar, pouco a pouco perde a capacidade de pensar por si mesmo - como alguém que sempre cavalga e acaba por desaprender a caminhar. Tal é a situação de muitos eruditos: à força de ler, estupidificaram-se. Pois ler constantemente, retomando a leitura a cada instante livre, paralisa o espírito mais do que o trabalho manual contínuo, visto que, na execução deste último, é possível entregar-se aos seus próprios pensamentos.



No entanto, como uma mola que, pela pressão constante acarretada por meio de um corpo estranho, acaba por perder a sua elasticidade, também o espírito perde a sua devido à imposição contínua de pensamentos alheios. E, do mesmo modo como uma alimentação excessiva causa indigestão e, consequentemente, prejudica o corpo inteiro, pode-se também sobrecarregar e sufocar o espírito com uma alimentação mental excessiva.

Pois, quanto mais se lê, menos vestígios deixa no espírito aquilo que se leu: a mente transforma-se em algo semelhante a uma lousa, à qual encontram-se escritas muitas palavras, umas sobre as outras. Por isso, não se chega à ruminação (ou melhor, o afluxo intenso e contínuo do conteúdo de novas leituras serve apenas para acelerar o esquecimento do que se leu anteriormente): entretanto, apenas esta permite assimilar o que foi lido, do mesmo modo como os alimentos nos nutrem não porque os comemos, mas porque os digerimos. Se, ao contrário, lê-se continuadamente, sem mais tarde pensar a respeito do que se leu, o conteúdo da leitura não cria raízes e, na maioria das vezes, perde-se. Em geral, o processamento da alimentação mental não difere daquele da alimentação corporal: apenas a cinquentésima parte do que se consome chega a ser assimilada; o restante é eliminado por meio da evaporação, da respiração ou similares.

A tudo isso soma-se o facto de que os pensamentos transportados para o papel não são nada além de uma pegada na areia: pode-se até ver o caminho percorrido; no entanto, para saber o que tal pessoa viu ao caminhar, é preciso usar os próprios olhos.



Arthur Schopenhauer, in 'Da Leitura e dos Livros'

Perlam, Barenboim & Orquestra de Berlim.

Bazzini - Itzhak Perlman :)))))))))

Natalia Juskiewicz - Um violino no fado.wmv

Pearl Jam - Just Breathe

El día que me quieras » Berliner Phil Instrumental

Gustav Holst - "The Planets-Jupiter." Na minha opinião é a mais bela...(há uma para cada planeta).

Turandot- Grandioso Final (Puccini)

Nunca Conheci quem Tivesse Levado Porrada

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.



E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,

Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,

Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,

Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,

Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,

Para fora da possiblidade do soco;

Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,

Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.



Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,

Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,

Nunca foi senão princípe - todos eles princípes - na vida...



Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,

Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;

Quem contasse, não uma violência, mas uma cobardia!

Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Ó princípes, meus irmãos,



Arre, estou farto de semideuses!

Onde há gente no mundo?



Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?



Poderão as mulheres não os terem amado,

Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!

E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,

Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?

Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,

Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.



Álvaro de Campos, in "Poemas"

La danza. Quarteto de saxofones

Esta sim. Faz parte da banda sonora do filme :)

Esta obra é inspirada no livro. Não é a banda sonora do filme (não confundir :)

Para todas as idades...

Pirates Symphony - Hans Zimmer

Cycles and Myths. Mais uma para banda filarmónica. 5*

The Witch And The Saint. Uma obra composta para para orquestra de sopros (aquilo a que vulgarmente se chama banda filarmónica) :)

sábado, 4 de setembro de 2010

John Williams - 1984 L.A. Olympic Fanfare and Theme

Summon The Heroes - John Williams

John Williams - The Olympic Spirit

Beethoven Ruins of Athens heroic piece Schmuckt die Altare

Las ruinas de atenas Marcha Turka Op.113 - Beethoven

Amilcare Ponchielli - La Danza de las Horas

Il barbiere di Siviglia, cavatina di Figaro: "Largo al factotum della ci...

Rossini - Overture 'William Tell' Part 2

Tchaikovsky's famous 1812 Overture Part 1

Tchaikovsky's famous 1812 Overture Part 2

Candide Overture: Leonard Bernstein conducting

Shostakovich : Festive Overture

Musorgskij La Grande Porta Di Kiev. Nesterov.

Pequeno comentário sobre o processo Casa Pia

Saiu a sentença da 1ª instância no Processo Casa Pia. Há culpados. Há vítimas de abusos sexuais continuados (crianças que agora se tornaram adultos). Ainda não vi o Sr. presidente da República nem o Sr. Primeiro Ministro pronunciarem-se sobre este assunto.

Também o Sr. Mário Soares e o Sr. Manuel Alegre devem um pedido de desculpa às vítimas pelas declarações proferidas antes e durante o Processo Casa Pia.

Depois de condenado, o Sr. Carlos Cruz insiste em dizer que que foi montado um esquema contra ele e que a Justiça não funciona. Se a Justiça funcionasse este ser humano miserável morreria atrás das grades pelas atrocidades (comprovadas em tribunal), que cometeu contra crianças indefesas.

Está provado que houve interferência e pressão política durante o julgamento.

Só em Portugal. Só mesmo em Portugal. Eu gostava que, pelo menos as crianças, fossem tratadas com dignidade e não como aquele Carlos Cruz as tratou publicamente depois de ter sido condenado justamente.

Só faltava os abusados passarem por ser os maus da fita e os Juízes serem chamados de incompetentes e corruptos. É que, neste caso, as vítimas não têm nem dinheiro nem poder. Foi assim que alguma boa gente se salvou deste processo e anda por aí em liberdade...

Ervin Acél conducts Enescu: Romanian Rhapsody Part 1

Ervin Acél conducts Enescu: Romanian Rhapsody Part 2

Smetana, La Moldava - Dignitatis Personae

Dvorak - New World Symphony - 4th Movement

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ai...

Sabedoria I, III

Que dizes, viajante, de estações, países?

Colheste ao menos tédio, já que está maduro,

Tu, que vejo a fumar charutos infelizes,

Projectando uma sombra absurda contra o muro?



Também o olhar está morto desde as aventuras,

Tens sempre a mesma cara e teu luto é igual:

Como através dos mastros se vislumbra a lua,

Como o antigo mar sob o mais jovem sol,



Ou como um cemitério de túmulos recentes.

Mas fala-nos, vá lá, de histórias pressentidas,

Dessas desilusões choradas plas correntes,

Dos nojos como insípidos recém-nascidos.



Fala da luz de gás, das mulheres, do infinito

Horror do mal, do feio em todos os caminhos

E fala-nos do Amor e também da Política

Com o sangue desonrado em mãos sujas de tinta.



E sobretudo não te esqueças de ti mesmo,

Arrastando a fraqueza e a simplicidade

Em lugares onde há lutas e amores, a esmo,

De maneira tão triste e louca, na verdade!



Foi já bem castigada essa inocência grave?

Que achas? É duro o homem; e a mulher? E os choros,

Quem os bebeu? E que alma capaz de os contar

Consola isso a que podes chamar tuas dores?



Ah, os outros, ah, tu! Crendo em vãos lisonjeios,

Tu que sonhavas (e era também demasiado)

Com uma qualquer morte suave e ligeira!

Ah, tu, que espécie de anjo sempre amedrontado!



Mas que intenções, que planos? Terás energia

Ou o choro destemperou esse teu coração?

A julgar pela casca, é uma árvore macia

E os teus ares não parecem de vencedor, não.



Tão desastrado ainda! e com a agravante inútil

De seres cada vez mais um sonolento idílico

A fitar pla janela o céu sempre tão estúpido

Sob o astuto olhar do diabo do meio-dia.



Sempre o mesmo na tua extrema decadência!

Ah! — Mas no teu lugar, e assumindo as culpas,

Um ser sensato quer impor outra cadência

Com o risco de alarmar um pouco os transeuntes.



Não terás, vasculhando os recantos da alma,

Um vício pra mostrar, qual sabre à luz do dia,

Algum vício risonho, descarado, que arda

E vibre, dardejante, sob o céu carmim?



Um ou mais? Se os tiveres, será melhor! E parte

Prà guerra e briga a torto e a direito, sem

Escolher ninguém e enverga a indolente máscara

Do ódio insaciado, mas farto também...



Não devemos ser tansos neste alegre mundo

Onde a felicidade não é saborosa

Se nela não vibrar algo perverso, imundo,

E quem não quer ser tanso tem de ser maldoso.



— Sabedoria humana, eu ligo a outras coisas

E, de entre esse passado de que descrevias

O tédio, em conselhos ainda mais penosos,

Só consigo lembrar-me, hoje, do mal que fiz.



Em todos os estranhos passos desta vida,

Dos lugares e dos tempos, ou também dos meus

«Azares», de mim, dos outros, da estrada seguida,

Sempre retive apenas a graça de Deus.



Se me sinto punido, é porque o devo ser.

O homem e a mulher não estão aqui em vão.

Mas espero que um dia possa conhecer

O perdão e a paz que aguardam os cristãos.



É bom não sermos tansos neste mundo efémero,

Mas pra que o não sejamos na eternidade,

O que é mais necessário que reine e governe

Nunca é a maldade, mas sim a bondade.



Paul Verlaine, in "Sabedoria"

A Tranquilidade do Assumir da Nossa Condição

Temos pelos nobres e para as pessoas de destaque um cíume estéril, ou um ódio impotente que não nos vinga de seu esplendor e elevação, e só faz acrescentar à nossa própria miséria o peso insuportável da felicidade alheia: que fazer contra uma doença de alma tão inveterada e contagiosa? Contentemo-nos com pouco e com menos ainda, se possível; saibam perder na ocasião; a receita é infalível, e concordo em experimentá-la: evito com isso ser empurrado na porta pela multidão de clientes ou cortesãos que a casa de um ministro despeja diversas vezes por dia; penar na sala de audiência, pedir tremendo ou balbuciando uma coisa justa; suportar a gravidade do ministro, o seu riso amargo, e o seu laconismo. Então não o odeio mais, e não o invejo mais; ele não me faz nenhuma súplica, eu não lhe faço nenhuma; somos iguais, a não ser no facto dele não estar tranquilo, e eu estar.

(...) Deve-se silenciar sobre os poderosos; há quase sempre adulação ao dizer bem deles; há perigo em dizer mal enquanto vivem, e cobardia quando já morreram.



Jean de La Bruyére, in "Os Caracteres"

Dire Straits - Romeo and Juliet com sax

Um clássico

Nada a dizer

Gustavo Dudamel - Danzon n°2

Provérbios

Nunca te arrependas do bem que fizeres

Acreditar em tudo é tolice, mas não acreditar em coisa alguma tolice é

Se a todos tiveres que agradar, a ti não podes contentar

A amizade que acaba não foi verdadeira

As bebidas fortes fazem os homens fracos

Os maus por si se destroem

A maldade é uma grande doença da alma

Ser mãe é padecer no paraíso

Mente bem quem de longe vem

A mentira só dura enquanto a verdade não chega

Às vezes são precisas muitas mentiras para sustentar uma

O medo é mau companheiro

Quem tem medo, morre cedo

Há só duas mulheres boas no mundo: uma que já morreu; outra, que ainda não nasceu

É fácil adivinhar o que virá a ser uma mulher na casa de seu marido, observando o que ela é na casa de seu pai

Homem alto, besta de pé

Homem catanho nem limpa o ranho

Homem pequeno, fole de veneno

Toda a família numerosa tem o seu anjo e o seu demónio

A maior virtude dos que falam é calar o que não devem dizer

A gratidão é a memória do coração

O amante tem todas as qualidades e defeitos que o marido não tem

Tudo a pouca vergonha ousa e faz

Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu

Aonde não há virtude, não há honra

Em política chama-se traidor ao que não mudou de ideias na altura própria

A educação é tão precisa como pão para a boca

Adivinhas. A solução é igual para todas.

Tão amiga sou do trabalho,


que nem sobre camas de flores

ociosamente descanso,

sem ofendê-las as piso,

e sem feri-las as pico.

De um mar de belezas sou pirata,

madrugo para roubar

as pérolas da aurora,

e no meio dos campos

publicamente furto,

mas por ladra nenhum juiz

até agora me condenou.

Sem fogo nem alambique,

industriosa alquimista,

faço uma doce quinta-essência,

sou amiga da paz e do silêncio,

e para crédito da clemência

e não posso irar sem dano,

porque, quando me vingo,

morro.
________________
Fui branca de nação

e mais tarde mudei de cor,

fui roubada sem ser sentida

para enriquecer meu senhor.
_______________________



Um convento bem fechado,

que não tem sinos nem torres,

com muitas freiras dentro

e todas fazendo doces.
_____________________



Qual é o animal que voa

,

sem tripas nem coração,

que dá luzença aos mortos

e aos vivos consolação.
_____________________

George Pehlivanian conducts Tchaikovsky: Capriccio Italiano - Parte 1

George Pehlivanian conducts Tchaikovsky: Capriccio Italiano - Parte 2

Uma bela sugestão da Princesa :)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Continua a ser a orquestra juvenil venezuelana & Dudamel :)

Um concerto diferente. Tudo o que acontece está na partitura elaborada por Haidn :)

Orquestra Sinfónica Juvenil Venezuelana & Dudamel

Alma latina & Barenboim

;)

Imperdível

Maurice Jarre - Doctor Zhivago

8½ theme - Nino Rota

Entrega Fora de Horas

Dia de prova na faculdade. Cem alunos na sala, professor chato, impaciente e louco para ir embora. Dez em ponto a prova termina, e quem não entregar até essa hora não entrega mais, diz o professor. Às 10 e 10, um aluno corre com a prova na mão até à mesa do professor, que arrumava as coisas para sair.

— Eu avisei que não aceitaria provas fora do horário! Esqueça!

O aluno, com um ar autoritário, perguntou:

— O senhor sabe com quem está a falar?

A resposta do professor tinha um certo sarcasmo.

— Não, não faço a menor ideia.

Empinando mais o nariz, tornou a repetir:

— Tem certeza disso?

— Absolutíssima!

O aluno levantou a imensa pilha de provas, enfiou a dele no meio, baralhou-as um pouco e disse:

— Agora, descubra!

Sem Paciência

O pescador:

— Há três horas que o senhor está aí a observar-me. Porque é que não pega numa cana e não vem também pescar?

— Não tenho paciência.

Nada de perguntas :)

Numa repartição pública, o homem pergunta ao porteiro se pode fumar. Responde o porteiro:


— O senhor não sabe ler?

— Então mas o que é?

— Não viu o letreiro, ali è entrada da porta? Não sabe que é proibido fumar aqui?

O homem olha para o chão e vê pontas de cigarros (por toda a parte).

— Não estou a perceber!... Então o chão está cheio de beatas...

— Essas são dos que não perguntam.

Just because I like it...

Adeus! Caro de Mais te Possuía

Adeus! caro de mais te possuía,

sabes a estimativa em que te trazem;

carta de teu valor dá-te franquia,

meus vínculos a ti já se desfazem.

Como reter-te sem consentimento

e onde mereço essa riqueza grada?

Falece a causa em mim de tal provento

e a patente que tenho é revogada.

Deste-me, sem saber do teu valor,

ou quanto a mim, a quem o deste, errando,

e a dávida que em base errada for

volta a casa, melhor se ponderando.

Tive-te assim qual sonho de embalar,

um rei no sono e nada ao acordar.



William Shakespeare, in "Sonetos

A paixão de Shakespeare. Termina com este belo tema de Warbeck...

O Vil Metal

Timão: Ouro amarelo, fulgurante, ouro precioso! (...) Basta uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo; do baixo, nobre; do velho, jovem; do cobarde, valente. Ó deuses!, por que isso? O que é isso, ó deuses? (...) [O ouro] arrasta os sacerdotes e os servos para longe do seu altar, arranca o travesseiro onde repousa a cabeça dos íntegros. Esse escravo dourado ata e desata vínculos sagrados; abençoa o amaldiçoado; torna adorável a lepra repugnante; nomeia ladrões e confere-lhes títulos, genuflexões e a aprovação na bancada dos senadores. É isso que faz a viúva anciã casar-se de novo (...). Venha, mineral execrável, prostituta vil da humanidade (...) eu o farei executar o que é próprio da sua natureza.



William Shakespeare, in "Timão de Atenas"

Shakespeare apaixonado. A sua música, segundo Warbeck :)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ennio Morricone "Deborah's Theme". Arrepiante...

La Vita è Bella. Nicola Piovani Soundtrack

Bom dia Princesa!!! :)

Para todas as idades IV

Para todas as idades III

`Para todas as idades II

E esta?

No cinema:

— Estás bem sentada, minha querida?

— Estou, sim.

— Vês bem?

— Vejo sim.

— Não sentes nenhuma corrente de ar?

— Nada que se pareça com isso.

— Então troca de lugar comigo.

Amar e Cantar ao Mesmo Tempo

No ensaio da ópera.

— Vamos lá: um pouco mais de paixão. Você nunca amou? — diz o encenador ao tenor.

— Com certeza que sim. Mas não cantava ao mesmo tempo.

A Retribuição

Arthur Rubinstein não era nada moderado nas suas manifestações. O célebre pianista foi convidado para jantar e, em seguida, pediram-lhe que se sentasse ao piano. Toca alguns acordes, durante três minutos, e diz:

— Já está!

— É muito pouco, mestre — disse a dona da casa.

— Também não comi muito — responde o artista.

A Execução

No concerto.

— Que lhe parece a execução deste pianista?

— Execução, acho demais... Talvez uns cinco anos de cadeia...

Merece 2 vídeos. Esta obra de Liszt é fantástica. O pianista não fica atrás :)



Posso garantir que só tem mesmo 2 mãos... :))))))))

Um pianista que não precisa de dar mais provas da sua qualidade (Maskim Mrvika).

Quase excelente...

Cada Cabeça, Cada Sentença

A ideia de ninguém ter razão (haja ou não haja pão) é portuguesíssima. Sobre qualquer assunto, Portugal garante-nos sempre pelo menos dez milhões de razões, cada uma com a sua diferençazinha, cada uma com a sua insolenciazeca do "eu cá é que sei". Não há neste abençoado território um único sujeito, seja eu ou ele cego, surdo e mudo, que não reclame a sua inobjectivável subjectividade. Lá diz o raio do povo, por tratar-se da única coisa em que o povo todo está de acordo, «Cada cabeça, cada sentença». Basta fazer-se uma reunião ou um júri, um governo ou uma comissão, para assistir-se ao milagre da multiplicação das opiniões.



Miguel Esteves Cardoso, in 'A Causa das Coisas'

A Ignorância não Exclui a Firmeza de Opinião

Tendo estudado a sabedoria em livros traduzidos do grego, do chinês ou do sânscrito, tenho uma certa desvantagem em relação aos ignorantes que só aprenderam em jornais desportivos ou revistas de moda. Quando enfrento um assunto difícil cuja elucidação requer anos de reflexão, sinto-me intimidado com a consciência da minha insuficiência, que me trava os impulsos no momento em que eles, impelidos pelo propulsor da sua ignorãncia, estão seguros de ter encontrado, ainda antes de ter procurado. Como posso fazê-los compreender que tenho razão em não proclamar que a tenho, antes de dedicar tempo a demonstrar-lhes que estão errados? Não, eles não desistem. De resto, as minhas hesitações atraiçoam-me. A verdade é uma flecha que vai direita ao alvo. Os escrúpulos intelectuais são tremuras do espírito. Se visar mal, como posso atingir o alvo?

Apercebemo-nos de que a ignorância não exclui a firmeza de opinião. Existe até uma cumplicidade objectiva entre elas. Quanto menos sabem, mais ostentam, diz o profeta. A indigência intelectual tira partido do seu pretenso parentesco com a Verdade. Contudo, é preciso ser ingénuo para pensar que o saber liberta o espírito dessa lei de gravitação que faz com que todo o pensamento orbite em torno da Verdade. Quanto mais sabem, mais ostentam, diz também o profeta, desta vez nos dias ímpares. Ter razão é a pretensão mais universal e, provavelmente, a mais antiga.



Georges Picard, in "Pequeno Tratado para Uso Daqueles que Querem Ter Sempre Razão"